Antonela Braga estreia no mercado com marca própria de doces zero açúcar e provoca debate sobre preço, estilo de vida e posicionamento.
Antonela Braga estreia no mercado com marca própria de doces zero açúcar e provoca debate sobre preço, estilo de vida e posicionamento.
A influenciadora Antonela Braga, de 16 anos, movimentou as redes ao lançar a sua marca de doces, chamada Ticky. O primeiro produto é um pirulito zero açúcar sabor algodão-doce. O kit inicial custa 56 reais e traz quatro pacotes, cada um com quatro unidades, totalizando 16 pirulitos. O preço de 3,50 reais por doce dividiu opiniões. Muitos seguidores acharam o valor exagerado, enquanto outros elogiaram a proposta de oferecer um produto diferente e com estilo próprio.
Em vídeo de divulgação, Antonela afirmou que não queria lançar algo óbvio, como roupas ou maquiagem. Ela preferiu investir em um produto inusitado, mas com forte apelo de identidade. O cabo rosa do pirulito funciona como marca registrada. Segundo a jovem, quem aparecer com um pirulito desses será reconhecido de imediato. Assim, a Ticky apresenta não apenas um doce, mas também um item de estilo e destaque para redes sociais.
Preço alto ou estratégia inteligente?
O valor inicial gerou críticas, mas também visibilidade. Antonela explicou que a venda em kits serve para reduzir custos de frete no e-commerce. Além disso, adiantou que o produto chegará a farmácias e supermercados, onde será vendido por unidade, o que deve torná-lo mais acessível. Portanto, o preço polêmico pode ser entendido como parte de uma estratégia de lançamento.

Essa discussão mostra como o preço pode ser usado como ferramenta de branding. Quando gera debate, o produto conquista espaço na mídia e nas redes sem investimento publicitário direto. Além disso, o posicionamento premium atrai consumidores que buscam diferenciação. Nesse caso, a narrativa não se limita ao sabor, mas ao que o pirulito representa: exclusividade, identidade e pertencimento.
Produto saudável ou apenas menos pior?
A Ticky se apresenta como marca de pirulitos zero açúcar. No entanto, a composição do doce inclui isomalte, adoçantes como stevia e corantes artificiais, entre eles o dióxido de titânio. Esse ingrediente foi proibido na União Europeia, mas ainda é liberado no Brasil. De acordo com especialistas, doces sem açúcar podem ser boas alternativas para quem tem restrição alimentar. Mesmo assim, precisam ser consumidos com equilíbrio, já que também carregam aditivos que podem causar desconfortos.

Esse ponto reforça uma tendência de comportamento. Muitos consumidores não escolhem produtos apenas pelo valor nutricional, mas também pelo discurso que os acompanha. Portanto, o simples fato de ser “sem açúcar” já posiciona o pirulito como aspiracional. O consumo, nesse caso, deixa de ser apenas uma questão de sabor e passa a envolver estilo de vida.
O marketing por trás do pirulito
Antonela transformou um doce comum em símbolo de marca pessoal. O cabo rosa atua como assinatura visual. A estética divertida e fashion conecta a Ticky com a geração que valoriza o que pode ser fotografado e compartilhado.
- O preço alto garantiu visibilidade imediata
- O design diferenciado facilita a identificação do produto
- O discurso de inclusão amplia o público-alvo
- O pirulito se conecta a um estilo de vida, e não apenas ao sabor

Essa lógica segue o caminho de grandes marcas que criam símbolos reconhecíveis. Assim como a Apple usa o logo ou a Coca-Cola aposta em suas latas icônicas, Antonela escolheu transformar um pirulito em objeto de identidade. O doce, portanto, se torna marcador social e item de performance digital.
O poder da influência jovem
Com 3,3 milhões de seguidores no Instagram e 8,1 milhões no TikTok, Antonela domina a arte de transformar momentos em palco. O lançamento da Ticky prova que a nova geração de influenciadores está encurtando o caminho entre audiência e negócios próprios. Nesse cenário, criar uma marca significa mais do que monetizar seguidores. Significa oferecer produtos que carregam a estética e a voz de quem os assina.
Em resumo, a polêmica do preço cumpre o papel central de uma estratégia bem executada. Todos falam sobre o pirulito. No fim, o doce de 56 reais revela menos sobre a guloseima em si e mais sobre como a geração Z entende consumo, identidade e pertencimento.