Novo padrão combina 4K, som imersivo e interatividade, transformando a TV aberta em plataforma digital a partir de 2026.
A televisão brasileira entra em uma nova fase com a regulamentação da TV 3.0, padrão que estreia em 2026 e traz qualidade de imagem em 4K e até 8K, som imersivo em padrão de cinema e conexão direta com a internet. O sistema foi oficializado por decreto e deve ser implantado gradualmente em todo o país, marcando a maior transformação da TV aberta desde a chegada do sinal digital.
Mais do que um avanço técnico, a TV 3.0 representa uma mudança estrutural na forma como os brasileiros consomem conteúdo. Em vez de navegar apenas pelos tradicionais números de canais, os telespectadores terão acesso a um catálogo de aplicativos, modelo similar ao dos serviços de streaming. Cada emissora poderá disponibilizar a programação ao vivo, conteúdos sob demanda e até experiências interativas em tempo real.
O que traz de novo a TV 3.0
- Transmissão em 4K e até 8K, com cores mais vivas e nitidez de cinema.
- Áudio imersivo, compatível com padrões avançados como Dolby AC-4 e MPEG-H 3D.
- Interface interativa, substituindo canais por aplicativos de emissoras.
- Integração com a internet, permitindo votações, enquetes e acesso a conteúdos extras.
- Serviços públicos digitais, acessíveis diretamente pela televisão.
- Compatibilidade com alertas de emergência, reforçando segurança e cidadania.

O padrão adotado, o ATSC 3.0, já é referência internacional e amplia a eficiência da transmissão, além de garantir segurança com criptografia e recursos de proteção de dados.
O que muda no mundo da comunicação
O impacto da TV 3.0 vai muito além da qualidade técnica. A televisão aberta se reposiciona como plataforma híbrida, interativa e competitiva frente ao streaming, mas com a força de seu alcance gratuito e massivo. Para o público, a experiência será mais personalizada e envolvente. Para o mercado de comunicação, representa um salto em possibilidades criativas.
- Maior precisão de audiência, com dados em tempo real.
- Formatos híbridos, unindo TV aberta e modelos de streaming.
- Reforço da relevância da TV aberta, agora no mesmo patamar tecnológico das plataformas digitais.

O futuro da publicidade com a TV 3.0
Se no passado a TV era sinônimo de alcance, agora ela será também sinônimo de segmentação e engajamento. As marcas terão à disposição recursos inéditos para se conectar ao público:
- Publicidade interativa, com QR codes, botões clicáveis e compras na tela.
- Segmentação de campanhas, baseada em local, perfil demográfico e comportamento.
- Storytelling mais envolvente, que une emoção do audiovisual ao poder da personalização.
- Análise e otimização contínua, ajustando campanhas de acordo com a reação do público em tempo real.
Esse novo ecossistema promete unir o melhor dos dois mundos: a força de massa da TV aberta e a inteligência de dados do digital. Para agências e anunciantes, trata-se de uma revolução criativa e estratégica que deve redesenhar o mercado de comunicação nos próximos anos.