Tem gente jurando que sim, mas a real é que o que está acabando é o jeito antigo de trabalhar. O social media que se reinventa tá só começando a jogar de verdade.
Será que vale a pena ainda ser social media? Será que essa profissão tem futuro? Ou será que já era, e a IA vai tomar conta de tudo? Se você trabalha com isso, quer entrar na área ou já cansou de ouvir esse papo de “o mercado vai acabar”, vou te contar o que tá rolando e qual a minha visão do mercado de Social Media para os próximos anos.
Por que tá rolando esse medo todo?
Primeiro, porque as coisas mudaram rápido demais. E quando muda rápido, assusta. De uns tempos pra cá, surgiram várias ferramentas de inteligência artificial que fazem em 3 minutos o que a gente levava horas pra fazer. Texto, imagem, vídeo, ideia de pauta, tudo. E isso fez muita empresa pensar: será que ainda vale contratar alguém pra fazer o que a IA já entrega?
Além disso, o alcance das redes despencou. Você posta e o conteúdo morre no feed. A galera não interage, o algoritmo segura, e o cliente começa a achar que “rede social não dá retorno”. Isso gera um corte de verba, uma pressão maior e, claro, aquela sensação de que o mercado tá desvalorizando a gente.
Outro ponto é que hoje qualquer pessoa se considera “criador de conteúdo”. Tem sobrinho fazendo o Instagram da loja da tia, tem influenciador vendendo pacotinho de conteúdo pronto, e tem muito profissional bom sendo colocado no mesmo nível de gente que não sabe nem o que é uma estratégia de conteúdo. Isso bagunçou tudo.
E tem também o social media que não se ajuda. Aceita qualquer valor, trabalha sem contrato, não sabe explicar o que entrega, vive apagando incêndio de cliente mal acostumado e não se posiciona como profissional. Quando isso acontece, o mercado inteiro perde força.
Mas o mercado vai acabar?
Não. O que vai acabar é o social media sem noção. Aquela pessoa que só sabe mexer no Canva, que copia post de perfil grande, que entrega arte bonitinha mas não sabe nem explicar o porquê daquele conteúdo. Esse tipo de profissional vai sumir.
Agora, o social media que pensa estratégia, que entende o negócio do cliente, que usa IA a favor, que sabe analisar dado, escrever bem, posicionar marca e ainda entende de tráfego… esse vai continuar firme. E sendo muito mais valorizado do que era antes.
O que vai crescer?
Vai crescer o profissional completo. Aquele que não só faz o post, mas sabe o que tá fazendo, pra quem tá fazendo e com qual objetivo. Que não entrega só volume, mas entrega valor.
Esse social media sabe o que move o comportamento das pessoas, entende de funil, de persona, de jornada. Ele consegue pegar uma marca travada e dar uma cara nova pra ela no digital. Ele não só usa IA pra acelerar as tarefas, como também sabe onde a IA não chega. Tipo feeling, sensibilidade, leitura de contexto, linguagem certa na hora certa.
Esse tipo de profissional vira indispensável. Porque ele não é mais o cara ou a mina do Insta. Ele é uma peça importante na comunicação da marca.
E a IA? Vai tomar o lugar de quem?
Só vai tirar do jogo quem não se atualiza. Quem entrega o básico, sem pensar, sem questionar, sem aprofundar. Porque sim, a IA faz muita coisa. Mas ela não pensa como você. Ela não vive o Brasil, não entende comportamento, cultura, gíria, tendência, ironia, emoção. Ela gera. Mas ela não sente. Não decide. Não lidera. E não tem repertório.
Quem sabe usar IA como ferramenta, vai sair na frente. Vai ganhar tempo, vai aumentar produtividade, vai focar no que realmente importa. E isso vai fazer a diferença.
Qual será o futuro da carreira de Social Media
Pra mim, o mercado de social media não só não vai acabar, como ainda vai crescer muito. Só que não vai crescer pra qualquer um. Vai crescer pra quem entende que não dá mais pra ser “fazedor de post”. Tem que ser estrategista. Tem que pensar como parceiro de negócio. Tem que entregar resultado.
O social media de hoje tem que saber mais do que editar arte e escrever legenda. Tem que entender de marca, de comportamento, de copy, de tráfego, de IA, de métrica, de cultura digital. Tem que estar pronto pra jogar em alto nível.
Quem encara a profissão desse jeito, não precisa ter medo do futuro. Porque o mercado ainda precisa, e muito, de gente que sabe o que tá fazendo.