Saída da gigante de investimentos Carlyle deixa incertezas no processo de venda exigido por lei para que o app continue operando no país.
A tentativa de venda das operações do TikTok nos Estados Unidos acaba de enfrentar um novo obstáculo: a Carlyle Group, uma das empresas que vinha participando das conversas como potencial compradora, deixou oficialmente as negociações. A saída da gestora reduz o ritmo do processo e levanta dúvidas sobre a viabilidade de um acordo dentro do prazo exigido pelo governo americano.
A plataforma está no centro de uma disputa regulatória desde que o presidente Joe Biden sancionou uma lei que obriga a controladora chinesa ByteDance a vender as operações do TikTok nos EUA até o início de 2025. Caso contrário, o aplicativo poderá ser banido do país.
O que muda com a saída da Carlyle:
• Reduz a pressão competitiva entre grupos de investidores
• Torna mais difícil formar um consórcio com poder financeiro suficiente
• Pode afastar outros interessados, temendo entraves legais e políticos
• Aumenta o risco de o prazo não ser cumprido e o app ser bloqueado
Segundo fontes ouvidas pelo Washington Post, a ByteDance ainda analisa alternativas jurídicas para evitar a venda, apostando que a medida pode ser revertida por meio de batalhas judiciais. O TikTok já entrou com ações legais para tentar barrar a exigência, alegando violação de direitos constitucionais.
Por que isso impacta o mercado:
• O TikTok é uma das plataformas mais relevantes em audiência jovem nos EUA
• A incerteza jurídica pode afetar o investimento publicitário na plataforma
• Criadores e marcas já consideram estratégias alternativas caso o app seja banido
• A decisão final pode abrir precedentes para regulação de outras redes sociais
Enquanto isso, o TikTok segue operando normalmente, mas com um futuro incerto. Especialistas apontam que, mesmo que uma nova empresa assuma o controle nos EUA, ainda haverá desafios técnicos, como a separação dos algoritmos e da base de dados — hoje todos integrados ao sistema global da ByteDance.