O vídeo em que Sadiq Khan prova a bebida brasileira gelada e admite que gostou reacende o orgulho nacional e movimenta o debate nas redes.
Prefeito grava novo vídeo, revisita o papo sobre a bebida e transforma a polêmica do guaraná em um momento divertido, agora com sabor aprovado.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, voltou às redes sociais para provar novamente o tradicional guaraná brasileiro, desta vez servido bem gelado, com gelo e uma rodela de laranja. A avaliação mudou. Depois de chamar a versão zero açúcar e quente de “horrível” durante sua visita ao Brasil, Khan reconheceu que havia julgado errado e declarou que a bebida é “realmente boa”, reacendendo conversas bem-humoradas entre brasileiros e britânicos sobre paladar, cultura e, claro, posicionamento de marca.
A nova gravação apareceu poucos dias após ele receber novamente o Guaraná, com latas do guaraná tradicional e instruções detalhadas de como ele deveria ser degustado. A repercussão positiva foi imediata, transformando o que poderia ser uma crise diplomática em um case espontâneo de marketing cultural, alimentado pela força dos memes e pela defesa apaixonada dos consumidores brasileiros.
A polêmica começou quando Khan experimentou o refrigerante durante sua passagem pelo país para a cúpula da C40 Cities. Ele havia saboreado pão de queijo, brigadeiro e biscoito de polvilho, sempre com elogios, mas reagiu com uma careta ao provar o guaraná zero e admitiu que “não conseguiu disfarçar”. A internet não apenas reagiu, como reinterpretou o momento como uma oportunidade de mostrar ao prefeito que brasileiro leva seu refrigerante a sério.
O retorno à bebida, agora servido como manda o figurino, virou narrativa. Khan brincou que sua equipe o fez provar o refrigerante quente e riu ao dizer que quase criou “um incidente diplomático com o Brasil”. A leveza do vídeo conquistou o público, que passou a compartilhar a cena como símbolo da boa e velha competitividade afetiva entre culturas.
No olhar do marketing, o episódio é um prato cheio para quem estuda comportamento de consumo e a força do orgulho nacional. O guaraná se beneficia de um elemento central do branding brasileiro, que é a mistura de humor, identidade e pertencimento. A correção pública do prefeito reforça a percepção de que o sabor da bebida vai além do gosto, está ligado a memória afetiva, ritual e forma de servir. Isso explica por que a resposta emocional dos brasileiros foi tão imediata e tão engajadora.
• O guaraná foi tema dominante nas redes por mais de 48 horas, impulsionado por vídeos de reação e conteúdo humorístico.
• A fala de Khan reposicionou o refrigerante como símbolo cultural, ampliando sua presença em discussões internacionais.
• A interferência de Janja virou narrativa espontânea de PR, mostrando como microgestos institucionalizados podem gerar impacto de marca.
• A discussão reforçou a importância da experiência de consumo, especialmente em produtos guiados por hábito, memória e temperatura ideal.
• A repercussão global fortalece a identidade do guaraná como produto brasileiro, um ativo valioso para comunicação e expansão em outros mercados.
O episódio também deixa claro como o digital transforma situações corriqueiras em conversas globais. Consumidores se identificam com pequenas defesas emocionais do cotidiano, e marcas se beneficiam quando entram nesse fluxo de modo natural. Sem investir um centavo, o guaraná ganhou alcance, narrativa e reposicionamento, movido pela combinação de humor, diplomacia leve e participação popular.
Khan encerrou o vídeo com um sincero “Saúde”, seguido de risadas e da confissão de que, agora sim, entende o apego brasileiro ao refrigerante. A frase sintetiza a história que se tornou viral. De crítica a elogio, de gafe a conversa cultural, o guaraná encontrou mais um capítulo que reforça seu poder simbólico e sua presença no imaginário coletivo.

