Estratégia ousada transformou patrocínio da concorrente em cenário para uma campanha histórica.
A maratona de Buenos Aires prometia ser o palco perfeito para a Adidas, patrocinadora oficial do evento. No entanto, a Nike mostrou mais uma vez sua habilidade em transformar comunicação em espetáculo e roubou os holofotes com uma ação de marketing de emboscada que se espalhou pelas ruas da capital argentina e viralizou nas redes sociais.
A marca instalou painéis e anúncios impactantes em pontos estratégicos de todo o percurso da corrida. O vermelho vibrante, acompanhado do comando RUN e do swoosh icônico, fez com que milhares de corredores e espectadores fossem bombardeados pela mensagem da Nike durante toda a prova. O resultado foi uma inversão de papéis: a Adidas, mesmo sendo patrocinadora oficial, perdeu espaço na lembrança do público.
Como a Nike dominou a cena
A estratégia funcionou porque a Nike aproveitou a exposição massiva da maratona para transformar a corrida em sua própria campanha. Enquanto a Adidas investia no patrocínio institucional, a concorrente apostava em presença visual agressiva e linguagem provocativa, cutucando diretamente sua rival.
- Adidas era a patrocinadora oficial da maratona de Buenos Aires.
- Nike espalhou outdoors, painéis digitais e anúncios por todo o trajeto da prova.
- Buzz gigantesco nas redes sociais ofuscou a comunicação da patrocinadora.
- Ação dividiu opiniões, mas ficou dentro das regras de mercado.
- O vencedor da maratona usava Nike, o que coroou a emboscada de forma inesperada.
Um case de emboscada histórico
A repercussão foi tão grande que a ação entrou rapidamente para a lista de cases de marketing esportivo mais comentados dos últimos anos. Para muitos especialistas, a Nike conseguiu transformar um investimento relativamente menor em algo com impacto global. A marca reforçou sua identidade de ousadia e performance, associando-se não só à corrida em si, mas também ao espírito de superação que o esporte carrega.

Há quem critique a tática como antiética, mas é importante lembrar que a Nike jogou dentro das regras, anunciando em espaços de mídia legalmente comprados. O que para uns é jogo sujo, para outros é apenas estratégia criativa e altamente eficiente.
O marketing por trás da corrida
O grande trunfo da campanha foi o uso do chamado marketing de emboscada, uma prática que busca capturar a atenção em eventos patrocinados por concorrentes. Essa estratégia se apoia em gatilhos de oportunidade, storytelling visual e um posicionamento que reforça a imagem da marca como ousada e competitiva.

No caso de Buenos Aires, a Nike ainda contou com um “gol de placa” inesperado: o corredor vencedor da maratona cruzou a linha de chegada usando roupas da marca, o que consolidou a narrativa de superioridade no imaginário do público.
Impacto para o branding
Mais do que roubar a cena da Adidas, a Nike mostrou como o marketing de oportunidade pode ser usado para reforçar posicionamento.

Ao ocupar a cidade com mensagens simples e diretas, a marca trabalhou um storytelling visual que conecta performance, competitividade e provocação. Esse tipo de ação gera forte engajamento digital, alto recall de marca e se torna material de estudo para profissionais de publicidade no mundo todo.