William Bonner encerra o ciclo histórico e assume novo desafio no Globo Repórter em 2026.
William Bonner deixará a bancada do Jornal Nacional no dia 3 de novembro de 2025, marcando o fim de quase três décadas como a principal voz do telejornal mais assistido do Brasil. A decisão, anunciada pela Globo justamente no aniversário de 56 anos do JN, foi apresentada como parte de um plano pessoal do jornalista para reduzir a carga de trabalho e se dedicar mais à família. Em 2026, ele estreia uma nova fase ao lado de Sandra Annenberg no Globo Repórter.

A trajetória de Bonner no JN começou em 1996. Desde então, ele se tornou sinônimo do telejornalismo brasileiro, acumulando 29 anos como âncora e 26 como editor-chefe. Sua imagem foi consolidada como símbolo de credibilidade, seriedade e estabilidade em tempos de profundas mudanças no jornalismo. A saída representa não apenas um movimento profissional, mas também um momento de transformação na forma como a Globo gerencia suas lideranças.
César Tralli, atualmente no Jornal Hoje, será o sucessor de Bonner e dividirá a bancada com Renata Vasconcellos. A emissora também promoveu Cristiana Souza Cruz ao cargo de editora-chefe do JN, reforçando uma transição planejada e estratégica. Já Roberto Kovalick e Tiago Scheuer assumem mudanças em outros telejornais da casa.

Bonner comentou que a decisão vinha sendo amadurecida há cinco anos. Segundo ele, a vontade era reduzir responsabilidades e buscar um equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional. Em sua declaração, destacou a honra de encerrar esse ciclo e a alegria de se dedicar a um programa que sempre admirou: “Entrar para o Globo Repórter me deixa honrado e gratíssimo”.
Por que a saída de Bonner é simbólica
A despedida de William Bonner do Jornal Nacional representa mais que a troca de um apresentador. Ela simboliza a virada de uma era na televisão brasileira. O jornalista construiu uma marca pessoal tão forte que se tornou parte da identidade do próprio JN. Para a Globo, a saída exigiu uma estratégia cuidadosa, equilibrando respeito à memória construída com a necessidade de oxigenar a atração.
Essa decisão reforça uma tendência que o marketing conhece bem: a gestão de marcas pessoais. Bonner não era apenas âncora, mas também um ativo de branding da emissora. Ao transferi-lo para o Globo Repórter, a Globo preserva esse capital simbólico e ao mesmo tempo reposiciona o jornalista em um formato mais compatível com sua nova fase de vida.
Principais pontos da transição
- 29 anos de William Bonner como âncora do Jornal Nacional.
- 26 anos também acumulando a função de editor-chefe.
- 3 de novembro de 2025 será sua última apresentação no JN.
- Estreia em 2026 no Globo Repórter, ao lado de Sandra Annenberg.
- Sucessão planejada com César Tralli e promoção de Cristiana Souza Cruz.
A saída de Bonner será lembrada como um marco histórico, comparável a mudanças de grandes âncoras em emissoras internacionais. A Globo inicia uma nova fase do seu telejornalismo, enquanto o público se prepara para ver William Bonner em uma versão mais leve e exploratória no Globo Repórter.