Consumidores defendem que empresas assumam custos da sustentabilidade
Natura, Boticário e Google conquistaram as primeiras posições no ranking de reputação ESG no Brasil, segundo a pesquisa Reputação 360º. O estudo avaliou 130 empresas de 23 setores e revelou que 75% dos brasileiros querem que as companhias arquem com os custos de práticas sustentáveis sem repassar aos consumidores. O levantamento também destacou o peso do preço como principal barreira para escolhas mais conscientes, além do aumento do ceticismo sobre o real compromisso das marcas.
Percepção do público sobre ESG
A pesquisa mostrou que, apesar de avanços tímidos em relação a 2024, 62% acreditam que o ESG ainda é usado mais como estratégia de imagem do que como transformação real. Esse sentimento é mais forte entre jovens e classes mais baixas. Ainda assim, marcas que comunicam ações consistentes seguem conquistando credibilidade.
Top 10 do ranking ESG
- Natura – 742 pontos
- Boticário – 714 pontos
- Google – 696 pontos
- Nestlé – 692 pontos
- Avon – 690 pontos
- Ypê – 688 pontos
- Faber-Castell – 683 pontos
- Tramontina – 681 pontos
- Samsung – 678 pontos
- L’Oréal – 674 pontos
Essas marcas se destacaram pela consistência de suas práticas ambientais, sociais e de governança, associadas a uma narrativa clara e estratégias de reputação consolidadas.
O que isso revela sobre branding e comunicação
A ascensão de empresas como Natura e Boticário evidencia a força do propósito como diferencial competitivo. Ao atrelar seus discursos à inovação sustentável e à responsabilidade social, elas constroem um vínculo emocional com os consumidores, que passam a enxergar a marca não apenas como fornecedora de produtos, mas como agente de transformação. Esse movimento reforça tendências de marketing baseadas em storytelling, autenticidade e transparência.