Órgãos de defesa do consumidor apertam a fiscalização sobre anúncios digitais voltados a crianças.
A publicidade direcionada a crianças em jogos online poderá custar caro às empresas. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e órgãos de defesa do consumidor reforçaram que anúncios desse tipo são abusivos. As companhias que insistirem na prática podem receber multas que chegam a R$ 50 milhões. O alvo principal são os advergames, formatos em que a propaganda aparece misturada à narrativa ou à mecânica dos jogos.
O tema ganha força porque o consumo digital entre crianças brasileiras cresce de forma acelerada. Hoje, muitas passam horas em celulares e tablets. Nesse cenário, a diversão se mistura com estímulos comerciais, o que aumenta o risco de manipulação. As autoridades destacam que crianças ainda não têm maturidade para diferenciar entretenimento de publicidade.
O que muda para as empresas
As novas regras exigem atenção imediata das marcas. Plataformas de jogos, aplicativos de entretenimento e até influenciadores mirins entram no radar da fiscalização. Além das multas, companhias que ignorarem a lei podem sofrer danos de reputação e perder a confiança das famílias.
- Multa de até R$ 50 milhões para quem descumprir as regras.
- Jogos digitais, aplicativos e influenciadores mirins estão incluídos na fiscalização.
- O Conanda e órgãos de defesa do consumidor coordenam a aplicação das sanções.
As estratégias de comunicação também precisam mudar. Personagens, recompensas e narrativas gamificadas, muito usadas para estimular consumo, agora podem ser questionadas legalmente. A decisão pressiona as marcas a repensar seus modelos e investir em formas de engajamento mais claras e transparentes.